A docência e a inclusão (digital)
Na era da tecnologia,assistimos ainda hoje certa relutância dos professores em adotar os recursos da rede em sua programação de trabalho (sala de aula). Percebe-se que as práticas professorais não correspondem as demandas do novo alunado , talvez a explicação mais acertada, seria o fato de esses profissionais ainda em atividade, terem sua formação assentada na cultura do papel, àquela que correspondia um contexto histórico anterior a popularização dos meios de comunicações. Outrossim, seria a falta de adequação dessas novas técnicas à formação docente. Em outra perspectiva, acredita-se também em certo medo ou preconceito desenvolvido por alguns em detrimento as novas tecnologias. Ora, surge então um conflito entre gerações cujo palco principal seria a sala de aula, lá, emergem desafios nunca enfrentados anteriormente na academia, uma nova linguagem, novos signos e relações que tolhem as concepções de um professor obsoleto. Dessa forma, como sempre acontece na educação brasileira,o problema é do professor, cuja responsabilidade vai além do ofício professoral, sendo culpabilizado pelo fracasso pessoal enquanto professor,(e do aluno) bem como o bode expiatório do estado, que aparentemente acaba por escapar ileso desse conflito que se estabelece dentro da sala de aula. Esse, seria o modelo de uma educação neo-liberal, onde a fantasiosa gestão democrática e a autonomia escolar, transfere para a escola e profissionais que nela atuam, todos os problemas oriundos dessa relação de faz- de-conta. Mais uma vez, quem perde é o povo brasileiro que compra gato como se fosse lebre. Enquanto isso, as autoridades responsáveis pelos rumos desse país, tem seus filhos estudando em escolas no exterior, desdenhando do sofrido povo brasileiro. paradoxalmente, nota-se em tempos de campanha eleitoral, que há um discurso consensual entre os candidatos em promover a educação como o baluarte de suas metas de governo. No debate entre os presidenciáveis transmitido ontem(29-10-2010) pela globo, o tema dominou quase que inteiramente a segunda fase do embate, no entanto, como já vem acontecendo a tempos, percebe-se uma retórica com fins meramente eleitoreiro, prova disso, é a real situação do ensino público no país. Em goiás, as greves anuais na educação pública fazem parte do calendário oficial a nível de estado e município, um ciclo vicioso alimentado pelas péssimas condições de trabalho em que são submetidos os docentes. O candidato josé serra, fez referência aos exemplos paradigmáticos da Coréia do Sul e Irlanda, de como o investimento em educação têm garantias de um retorno compensatório em curto, médio e longo prazo, ou seja a educação "compensa". Mesmo que em termos econômicos e o visível objetivo capitalista de instrumentalizar o saber tendo em vista o mercado, entretanto, isso significa pelo menos em tese, maior democratização do saber. Sabendo disso, a sociedade organizada deve a todo custo, exigir de seus representantes políticos um compromisso sério de maior engajamento e responsabilidade para com os destinos da educação pública. Isso nos faz pensar em outra problemática relacionada à questão da instrumentalização capitalista da escola; as políticas de inclusão. Que nos tratados, artigos e teses, situam-na, em uma dimensão espaço-social específica; a singularidade da escola em seu contexto social, alunos, trabalhadores da educação e comunidade. O que não se deve esquecer, quando levamos em consideração a dimensão estrutural da escola é que os alunos dessas instituições públicas já se encontram em situação de exclusão. Numa perspectiva comparativa entre pública e privada, que resultados se pode esperar dessa avaliação? o óbvio é claro! uma realidade distante, antagônica, constrangedora. A moderna democracia parece ser ambígua, dualística, pois estabelece a existência de duas escolas, mas, um só mercado de trabalho. A unica solução viável para a eliminação das diferenças (leia-se, desigualdades), e estabelecer justiça social seria o investimento irrestrito na educação pública, já que eliminar a privada além de ferir os princípios democráticos, certamente seria um viés impossível, conflitante com os interesses da elite brasileira.
Na era da tecnologia,assistimos ainda hoje certa relutância dos professores em adotar os recursos da rede em sua programação de trabalho (sala de aula). Percebe-se que as práticas professorais não correspondem as demandas do novo alunado , talvez a explicação mais acertada, seria o fato de esses profissionais ainda em atividade, terem sua formação assentada na cultura do papel, àquela que correspondia um contexto histórico anterior a popularização dos meios de comunicações. Outrossim, seria a falta de adequação dessas novas técnicas à formação docente. Em outra perspectiva, acredita-se também em certo medo ou preconceito desenvolvido por alguns em detrimento as novas tecnologias. Ora, surge então um conflito entre gerações cujo palco principal seria a sala de aula, lá, emergem desafios nunca enfrentados anteriormente na academia, uma nova linguagem, novos signos e relações que tolhem as concepções de um professor obsoleto. Dessa forma, como sempre acontece na educação brasileira,o problema é do professor, cuja responsabilidade vai além do ofício professoral, sendo culpabilizado pelo fracasso pessoal enquanto professor,(e do aluno) bem como o bode expiatório do estado, que aparentemente acaba por escapar ileso desse conflito que se estabelece dentro da sala de aula. Esse, seria o modelo de uma educação neo-liberal, onde a fantasiosa gestão democrática e a autonomia escolar, transfere para a escola e profissionais que nela atuam, todos os problemas oriundos dessa relação de faz- de-conta. Mais uma vez, quem perde é o povo brasileiro que compra gato como se fosse lebre. Enquanto isso, as autoridades responsáveis pelos rumos desse país, tem seus filhos estudando em escolas no exterior, desdenhando do sofrido povo brasileiro. paradoxalmente, nota-se em tempos de campanha eleitoral, que há um discurso consensual entre os candidatos em promover a educação como o baluarte de suas metas de governo. No debate entre os presidenciáveis transmitido ontem(29-10-2010) pela globo, o tema dominou quase que inteiramente a segunda fase do embate, no entanto, como já vem acontecendo a tempos, percebe-se uma retórica com fins meramente eleitoreiro, prova disso, é a real situação do ensino público no país. Em goiás, as greves anuais na educação pública fazem parte do calendário oficial a nível de estado e município, um ciclo vicioso alimentado pelas péssimas condições de trabalho em que são submetidos os docentes. O candidato josé serra, fez referência aos exemplos paradigmáticos da Coréia do Sul e Irlanda, de como o investimento em educação têm garantias de um retorno compensatório em curto, médio e longo prazo, ou seja a educação "compensa". Mesmo que em termos econômicos e o visível objetivo capitalista de instrumentalizar o saber tendo em vista o mercado, entretanto, isso significa pelo menos em tese, maior democratização do saber. Sabendo disso, a sociedade organizada deve a todo custo, exigir de seus representantes políticos um compromisso sério de maior engajamento e responsabilidade para com os destinos da educação pública. Isso nos faz pensar em outra problemática relacionada à questão da instrumentalização capitalista da escola; as políticas de inclusão. Que nos tratados, artigos e teses, situam-na, em uma dimensão espaço-social específica; a singularidade da escola em seu contexto social, alunos, trabalhadores da educação e comunidade. O que não se deve esquecer, quando levamos em consideração a dimensão estrutural da escola é que os alunos dessas instituições públicas já se encontram em situação de exclusão. Numa perspectiva comparativa entre pública e privada, que resultados se pode esperar dessa avaliação? o óbvio é claro! uma realidade distante, antagônica, constrangedora. A moderna democracia parece ser ambígua, dualística, pois estabelece a existência de duas escolas, mas, um só mercado de trabalho. A unica solução viável para a eliminação das diferenças (leia-se, desigualdades), e estabelecer justiça social seria o investimento irrestrito na educação pública, já que eliminar a privada além de ferir os princípios democráticos, certamente seria um viés impossível, conflitante com os interesses da elite brasileira.
Um exemplo é o famoso e tedencioso Vestibular que é aplaudido pela mídia e pelas instituições. Vale lembrar que tal exame evidencia as diferenças sociais existentes na sociedade quanto a qualidade do ensino. Basta analisar como vocÇe frizou a discrepância entre instituições públicas e privadas que no fim tem um interesse somente, que é o da aprovação e formação de um profissional para o mercado de trabalho cada vez mais concorrido e desleal. Ora, portanto fica fácil perceber quem são os profissionais que irão se destacas: aqueles cujo poder aquisito e capital cultural são fatores decisivos para o sucesso na vida.
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